ESTILOS DE BELEZA – VISÕES DE FELICIDADE

A jornalista Bell Kranz, após ler um livro do escritor japonês Junichiro Tanizaki (1886 – 1965), concluiu que a ditadura do clean, do branco, das ferragens reluzentes, dos espaços muito claros e asseados e demais ícones do estilo showroom de decorar tem um quê de auto-ajuda, de promessa de felicidade fácil e altamente suspeita. Segundo Tanizaki para os orientais é no escuro, na sensualidade da penumbra, na profundidade e no mistério da sombra que eles encontram o belo. “Sentimos desassossego diante de objetos cintilantes… Apraz-nos observar o tempo marcar sua passagem, esmaecendo o brilho do metal, queimando e esfumaçando sua superfície”, escreve Tanizaki. (Amor insensato, Voragem, Diário de um velho louco, Há quem prefira urtigas, Elogio da sombra, Em louvor da sombra são algumas de suas obras)

Existem tantos estilos de beleza quanto visões de felicidade. Essa frase é de Stendhal um dos vários pseudônimos usados por Marie-Henri Beyle (1873-1842), escritor francês que escreveu O Vermelho e o Negro, A Cartuxa de Parma e uma série de fabulosos contos.

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Os jardins orientais são feitos de árvores e vegetação densa e sombreada.

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