Murano é um arquipélago de sete ilhas, das quais duas são artificiais (Sacca Serenella e Sacca San Mattia), unidas por pontes entre si. Ele faz parte do município de Veneza e fica a um quilômetro de lá. Por mais de 600 anos permaneceu com suas portas fechadas para que o segredo de suas técnicas, na fabricação do vidro, não fosse divulgado. Depois que o local passou a ser frequentado pelos estudiosos do vidro e suas técnicas aprendidas, surgiu o conceito errôneo de que as peças em vidro produzidas com essas técnicas poderiam ser chamadas de Murano.
Sabe-se que muitos artistas do vidro utilizam-se das técnicas muranistas no mundo todo, inclusive no Brasil, mas nenhuma pode ser chamada de Murano, a não ser as autênticas peças produzidas por apenas 45 artistas da época de ouro que ainda estão em atividade. Entre eles está Lino Tagliapietra, considerado o maior vidreiro do mundo ainda vivo. Venini, Seguso e Salviati também são outras fábricas que nasceram naquela época e permanecem até hoje. Todos eles estão reunidos no site www.muranoglass.com.
Lino TagliapietraLino Tagliapietra
Murano, hoje, tem aproximadamente 5.500 habitantes, cujo principal negócio é o turístico. Quem circula por Murano pode encontrar lojas com peças de vidro por toda parte mas produzidas por chineses, que copiam e reproduzem os lançamentos dos grandes artistas.
O Murano básico dispõe de cinco técnicas que dão origem a centenas de outras, são elas:
- Filigrana: pequenos bastões coloridos colocados por dentro do vidro.
- Sommersi: imersão de uma peça pronta colorida numa camada transparente, criando o efeito de uma estar dentro da outra.
- Foglia D´oro: aplicação de folhas de ouro sobre o vidro, fazendo desenhos.
- Murina: os mesmos bastões da filigrana formam desenhos de flores dentro de uma outra peça.
- Façon de Venice: espéie de escultura de vidro sobre o próprio vidro. Esta foi a primeira técnica usada em Veneza.
Trabalhos de Fulvio Bianconi e Rodolfo Dordoni para Venini
Fulvio Bianconi e Venini
Laura Dias de Santillana para Venini
Tapio Wirkkala para Venini
No Brasil, bons representantes dessa arte em vidro é Mario Seguso, da Cristais Cá D´Ouro, que nasceu em Murano e mudou-se para o Brasil em 1954 e a artista plástica Elvira Schuartz, da Espaço Zero.
Espaço Zero de Elvira Schuartz na TV Gazeta, programa Mulheres.
Pesquisas: Internet e matéria de Julie Anne Caldas, publicada na revista Viver Bem 193.
3 comentários:
Nossa, Helô que super post! amei e li cada detalhe.Adorei aprender mais com vc. bjs
Que maravilha, peças lindíssimas e informações super interessantes!
Renata Rubim
É um lugar que vale à pena conhecer quando se vai a Veneza, além de poder aprender um pouco sobre a técnica do vidro, as peças são incríveis e a gete se rende às compras.
Bjs
Janeisa
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